Presidenta da CUT/MG cobra piso dos educadores, cumprimento de acordos e anistia da greve de 2011
Em uma das atividades do Dia Nacional de Luta, com Greves e Mobilizações, a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), demais centrais e representantes dos movimentos sociais entregaram, na manhã desta quinta-feira (11), a pauta dos trabalhadores no Estado ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Dinis Pinheiro. A presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, cobrou do Legislativo, entre outras demandas, urgência no atendimento aos itens da pauta, o cumprimento do acordo assinado com os educadores, após a greve de 2011, o pagamento do piso nacional da educação e a anistia dos professores que participaram da paralisação.
“As manifestações de junho mostraram que a população quer agilidade nas ações dos governos e do Parlamento. Acrescento à pauta três itens. Em 2011, o secretário de Governo, Danilo de Castro, e a secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, assinaram, como avalistas do governo do Estado, um acordo com os educadores. O governo descumpriu o acordo e os deputados desta Assembleia foram atores deste processo, pois aprovaram um projeto que criou o subsídio como forma de remuneração e congela a carreira dos professores até 2015. E existe um projeto de anistia da greve, que também não foi aprovado”, disse Beatriz Cerqueira.
Joceli Andrioli, do Movimento dos Atingidos por Barragens, também pediu agilidade em questões do campo. “Nós estamos aqui para cobrar destinação de terras públicas para a reforma agrária, a redução das tarifas de energia. Não podemos admitir o aumento que a Cemig pediu. A Cemig não está a serviço da população, e sim dos interesses de alguns acionistas, que receberam R$ 4 bilhões, mais do que o lucro da empresa, que foi de R$ 2,5 bilhões. Queremos também o fim das privatizações no setor elétrico e que seja resolvida a situação dos atingidos por barragens, principalmente em Aimorés e Irapé”, afirmou Andrioli.
“As centrais estão de parabéns. Com o Dia Nacional de Luta, trouxeram os trabalhadores para a pauta de toda a imprensa. Há a urgência de atender às demandas dos educadores, como o piso, anistia e o cumprimento dos acordos assinados. Bem como a Lei Orgânica da Polícia Civil, que está de greve há mais de um mês, e a reforma a agrária”, disse o deputado estadual Rogério Correia, do Bloco Minas Sem Censura. Ficou definida uma reunião com os líderes das bancadas, no dia 6 de agosto, para tentar dar andamento aos projetos que já existem na Assembleia Legislativa e fazem parte da pauta dos trabalhadores.
O presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro, disse que o Parlamento mineiro está atento à voz das ruas e se comprometeu a encaminhar a pauta dos trabalhadores no Legislativo. Ele não quis definir prazos para tramitação dos projetos. “A Assembleia tem que estar ao lado de vocês, trabalhadores, da população. Sou favorável às manifestações, que são legítimas. Apenas não tenho condições de estabelecer prazos, porque a construção das pauta é coletiva. Mas assumo o compromisso de fazer todo o esforço para atender às demandas apresentadas”, garantiu Pinheiro.
Fonte: CUT/MG – 11.07.13
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