quarta-feira, 26 de junho de 2013

Manifestações populares no Brasil




Desde o último dia 12, o Brasil tem sido palco de inúmeros protestos, organizados majoritariamente pela juventude, os quais tiveram início depois do anúncio de reajuste nos preços do transporte público em várias cidades do país.

A atual dimensão dos atos dá conta de que o transporte público é apenas um dos eixos das mobilizações. O povo nas ruas, embora sem lideranças tradicionais – seja de pessoas, seja de entidades organizadas – tem manifestado contrariedade com os gastos públicos para a construção de estádios da Copa do Mundo de Futebol de 2014, bem como com o histórico e insuficiente investimento público em educação e saúde, com o fisiologismo e a corrupção política nas três esferas da federação (União, Estados e Municípios), com a falta de democracia participativa, que possibilite a consulta pública periódica à sociedade sobre temas relevantes, a exemplo da destinação de 100% das riquezas do petróleo para a educação pública.

A CNTE solidariza-se com a pauta justa e urgente apresentada pela maioria dos integrantes desses movimentos de protesto, mas é contra atos de vandalismo, violência, saques e depredações ao patrimônio público e histórico, seguindo a própria orientação da maior parte dos manifestantes que tenta impedir essas ações durante as mobilizações.

Reconhecemos muitas das insatisfações populares – até porque elas constituem pautas permanentes da classe trabalhadora, em especial dos/as trabalhadores/as em educação – porém acreditamos que o Estado Democrático, no atual contexto civilizatório, deve ser preservado pela sociedade brasileira, sem riscos de retrocessos que marcaram a história do Brasil e do continente latino-americano.

Neste sentido, a CNTE considera pauta prioritária para a sociedade brasileira a reforma política, capaz de fortalecer os partidos – tornando-os efetivamente representantes dos diversos segmentos da sociedade – e de ampliar a democracia participava no país. O descrédito e a repulsa dos jovens manifestantes com a política (marca registrada nos atos pelo país) expressa a urgência dessa agenda para o Congresso Nacional.

Como consequência da reforma política, a juventude e o conjunto da sociedade brasileira devem exigir reformas estruturantes para consolidar o atual processo de desenvolvimento inclusivo e com oportunidades para todos, o que perpassa por reforma tributária, que priorize a progressividade dos impostos sobre a renda, por maior acesso dos jovens à escola, à universidade e ao emprego, pela garantia de saúde, transporte, segurança, habitação, entre outras políticas públicas previstas na Constituição Federal.

A CNTE entende, também, que as atuais reivindicações ocorrem num momento de consolidação das estruturas democráticas no Brasil e, consequentemente, de uma maior conscientização e liberdade de expressão que goza o povo brasileiro. Mas é preciso superar as práticas políticas anacrônicas, impostas pelas oligarquias que ainda comandam o Congresso Nacional e grande parte dos poderes nos estados e municípios, a fim de qualificar a política e de torná-la o principal espaço de disputa para os jovens, os trabalhadores e a sociedade em geral.

Por fim, é preciso ter atenção com os oportunistas de plantão, especialmente com a grande mídia – patrocinadora do Golpe Militar de 1964 junto com setores da burguesia nacional –, pois esta já tenta vincular os protestos populares à ações contra atores políticos que reconhecidamente têm promovido políticas públicas emancipatórias e de promoção da cidadania no país, com o claro propósito de confundir a opinião pública e assim tirar proveito em favor de setores retrógrados que tentam voltar ao Poder a qualquer custo. E caso isso aconteça, os protestos por mais avanços sociais estarão seriamente comprometidos.

São Paulo, 20 de junho de 2013
Diretoria Executiva da CNTE

Trabalhadores em educação, em greve por tempo determinado, realizam, amanhã manifestação na cidade

Os trabalhadores em educação de Minas Gerais promovem nesta quarta-feira (26.06), novo ato na capital mineira, onde acontece uma partida do Brasil pela Copa das Confederações. A concentração dos educadores está marcada às 11 horas, na Praça Sete, centro de Belo Horizonte e, apartir das 12h a categoria se uni a outros manifestantes.

O dia será de mobilizações e luta. A expectativa do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), é de que participem do ato servidores estaduais da saúde, eletricitários e outras categorias. A ideia é ir para as ruas para cobrar por melhorias e pelas pautas de reivindicações.

Greve por Tempo Determinado

De acordo com o calendário dos trabalhadores em educação a greve por tempo determinado estava prevista para acontecer nos dias 17,18, 22, 26 e 27 de junho. Nos dias 17, 22 e 26, foram definidos os atos nas proximidades do Mineirão, já que o estádio está sediando alguns jogos da Copa das Confederações. Nas outras datas, as manifestações são regionais. 

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, informa que todas as atividades estão acontecendo e, de certa, o objetivo está sendo cumprido, uma vez que a categoria está divulgando a realidade da educação em Minas. “Nosso movimento ganhou visibilidade, atenção da população e de turistas, que tem nos aplaudido por onde passamos”, afirmou.

A última manifestação aconteceu no sábado (22.06), no entorno do estádio. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) aderiu à paralisação do Sind-UTE/MG, por decisão de um ato unificado do funcionalismo estadual, exigindo o cumprimento de Acordo de Greve e o Termo de Acordo da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Também representantes da Marcha Mundial das Mulheres se uniram ao ato do Sind-UTE/MG. 

Na oportunidade, foram distribuídos materiais contendo os problemas da educação mineira, a realidade vivida pela categoria e o descaso do governo mineiro em relação à educação para o mundo, uma vez que o folder é bilíngue: português e inglês. Durante a manifestação, a professora Andressa Rodrigues leu as reivindicações em inglês algumas vezes para atingir, sensibilizar os turistas estrangeiros.

No final do dia, o ato dos educadores se uniu a outros protestos. Representantes engrossaram a manifestação e uniram forças. Porém, as pessoas que vinham da Praça 7 tiveram dificuldade para entrar na orla da Pampulha, foram barradas por policiais militares e houve confronto. A multidão veio em caminhada do centro, bradando por direitos e pelas mais diversas reivindicações, demonstrando a força da organização popular e exercendo o legítimo significado da cidadania.

A partir de então, os muitos protestos e denúncias em vários pontos de Belo Horizonte, terminou com agressões e truculência da Polícia Militar contra os manifestantes. Duas pessoas caíram do viaduto José Alencar, na região da Pampulha, dezenas ficaram machucadas e 37 foram presas.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG lamenta o episódio e rende solidariedade a cada uma dessas pessoas que participaram, em especial àquelas que sofreram algum tipo de agressão. “Nossas reivindicações são muitas e nossa batalha, constante. Vocês são exemplos da resistência. Sofremos perseguição e criminalização das lutas sociais no nosso Estado e nossa força está em cada pessoa, pois, juntos, podemos modificar essa realidade”, afirmou Beatriz Cerqueira.

Assembleia Estadual

Está agendada para 04 de julho, às 14h, no pátio do Legislativo Estadual, nova Assembleia Estadual da categoria. Para Beatriz Cerqueira quem quer greve é o governo. “Tentamos negociar antes de aprovarmos nossa greve, mas o governo não deu retorno às questões apresentadas. Além disso, não cumpre acordo que assina, não paga o Piso Salarial, a carreira está congelada, a categoria adoecida e a educação desvalorizada.”

terça-feira, 25 de junho de 2013

Sind-UTE Viçosa cobra imediata correção da tabela salarial do magistério



Na tarde da segunda-feira (24) o Presidente da Casa, Luis Eduardo Salgado (PDT), a Comissão de Educação, Cultura e Esporte, sendo o Presidente, Vereador Geraldo Luis Andrade (Geraldão) (PTB) e membros, a Vice-Presidente da Casa, Marilange Pinto Coelho (PV), Vereadores Idelmino Ronivon da Silva (PC do B) e Sávio José (PT) se reuniram com representantes do poder Executivo e do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Viçosa (Sind-UTE) para discutir a tabela salarial do magistério.

A reunião foi de iniciativa do Vereador Sávio José e um desdobramento da cobrança feita por ele e o coordenador geral do Sind-UTE Paulo Gustavo Grossi, ainda no mês de março, sobre o erro de porcentagem nas progressões dos educadores que ocorrem desde o ano 2000.

O Executivo Municipal, apesar de ressaltar que o equívoco não teve origem na atual administração, comprometeu-se a corrigir a falha.

O Procurador Adjunto do Município, André Chiapeta pontuou que a tabela já foi reformulada pelo Chefe do Departamento de Pessoal e assumiu o compromisso de fazer o projeto de lei para encaminhar à Casa.

O salário real dos servidores deve começar a ser pago a partir do contracheque de julho, ou no mais tardar, em agosto. O Vereador Sávio José salientou que “esta ação garante o reconhecimento mínimo necessário ao desempenho da importantíssima função dos educadores em nossa cidade”.

Segundo o Coordenador Geral do Sind-UTE de Viçosa, Paulo Gustavo Grossi os professores ficarão satisfeitos com o erro corrigido. “Pretendemos em outro momento oportuno discutir o retroativo da tabela, em especial o deste ano que deverá ser pago nos próximos meses.”

Além dos citados, participaram da reunião a Controladora Interna do município, Glória Aparecida Rodrigues dos Santos; a Secretária Municipal de Educação, Gláucia Coutinho Ramos d´Antonino; a diretora do Sind-UTE de Viçosa, Angelita Soares; e o Chefe do Departamento de Pessoal da Prefeitura, José Agostinho.

Fonte: Assessoria de Comunicação - CMV

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Sind-UTE Viçosa participa da Conferência Intermunicipal de Educação em Ponte Nova


O município de Ponte Nova vai realizar, no próximo dia 25 de junho, a Conferência Intermunicipal de Educação (Conae 2014). O encontro vai ter a participação de 29 municípios que pertencem à 33ª Superintendência Regional de Ensino (SRE), sen um deles Viçosa. 

A SRE e a Prefeitura de Ponte Nova, através da Secretaria Municipal Educação promovem a conferência, que será realizada na Escola Municipal José Maria da Fonseca (Colégio Municipal).

A Conferência Nacional de Educação tem por objetivo propor uma política nacional de educação, indicando responsabilidades, corresponsabilidades, atribuições concorrentes, complementares e colaborativas entre os entes federados e os sistemas de ensino. 

Eixos temáticos 

Serão discutidos os setes eixos do Conae 2014: O plano nacional de educação e o sistema de educação: Organização e regulação; Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos; Educação, trabalho e desenvolvimento sustentável: Cultura, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente; Qualidade da educação: Democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem; Gestão democrática, participação popular e controle social; Valorização dos profissionais da educação: Formação, remuneração, carreira e condições de trabalho; Financiamento da educação, gestão, transparência e controle social dos recursos.

Participação do Sind-UTE

A participação dos trabalhadores em educação será um instrumento para denunciar os problemas vividos pela categoria e também à votação de propostas que melhorem as nossas condições e a educação pública nos municípios, estados e no país. Para isso, desejamos que nossa categoria seja protagonista neste debate, tomando as iniciativas, cobrando e firmando parcerias com segmentos da sociedade civil que defendem o mesmo projeto de educação.

Representam o Sind-UTE na etapa microrregional de Ponte Nova as diretoras da subsede Abiliana Lemos Cardoso (São Miguel do Anta), Angelita Maria de Freitas, Rosa Reis, Ana Lúcia da Silva, Rosângela Aparecida de Souza, o diretor Antônio de Pádua Maximiliano (Marreta) e o coordenador geral e Diretor Estadual do Sind-UTE Paulo Gustavo Grossi da Silva.

Saiba mais sobre a CONAE 

As conferências municipais e/ou intermunicipais de educação são eventos realizados com a finalidade cumprir uma das etapas preparatórias para Conferência Nacional de Educação (Conae/2014). Em 2013, estão sendo realizadas de março a maio.

A mobilização e a coordenação desses eventos nos municípios são conduzidas pelos Fóruns Estaduais de Educação (FEE) e Fóruns Municipais de Educação (FME) ou por comissões organizadoras das conferências, nos locais onde não há o FME.

As contribuições e propostas elaboradas nas conferências municipais e/ou intermunicipais de educação serão analisadas e debatidas durante as conferências estaduais de educação que devem ocorrer a partir do mês de junho.

As deliberações resultantes das conferências estaduais serão levadas à Conae 2014 pelos delegados eleitos pelos segmentos e setores por eles representados.

A Conae é um espaço democrático aberto pelo Poder Público e articulado com a sociedade civil para que todos possam participar do desenvolvimento da educação nacional.

Fonte: Assessoria de Comunicação - SEMED Ponte Nova e Sind-UTE Viçosa

Sind-UTE e Vereador Idelmino levam proposta ao Executivo para criação de corpo técnico para educação

Paulo Grossi (Coordenador Geral do Sind-UTE) Idelmino Ronivon (PC do B), Geraldo Luís Andrade (Geraldão) (PTB) e Tânia Pinheiro Souza,  membro do Conselho Municipal de Educação.


“Pensamos educação vinte quatro horas por dia. A cada quatro anos a educação começa do zero com a mudança dos governos, já estiveram quatro Secretários de Educação. Se não tivermos um profissional para programar a educação em longo prazo, nós só temos a perder.”

Foi com essas palavras que o Presidente do Conselho Municipal de Educação e Vereador Idelmino Ronivon (Prof° Idelmino) (PC do B) debateu com o Prefeito Celito Sari, a proposta para a criação de cargos permanentes junto a Secretaria de Educação para que se realize um trabalho a longo prazo para a educação do município, na tarde da quinta-feira (20).

A intenção do Vereador é que este profissional terá estabilidade no cargo e mesmo com a transição de governos poderá dar a manutenção e continuidade na educação de Viçosa.

O Presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Viçosa (Sind-UTE/Viçosa) e membro do Conselho Municipal de Educação, Paulo Gustavo Grossi pontuou que “é necessário profissionais que atendam a educação infantil e o ensino fundamental e que possam lidar continuamente com os programas nacionais da educação trazendo os recursos para a cidade.”

O Prefeito Celito Sari ressaltou o comprometimento com a causa. “A criação destes cargos é plenamente viável, tendo uma pessoa que ficará dez ou vinte anos no cargo, ela conseguirá um melhor planejamento para a educação”.

Paulo Gustavo se prontificou junto ao Conselho Municipal que “vamos montar as atribuições necessárias para que esses Analistas Educacionais atendam as demandas da educação no município e encaminharemos a Secretária de Educação.”

Estiveram presentes, além dos já citados, o Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Casa, Vereador Geraldo Luís Andrade (Geraldão) (PTB) e Tânia Pinheiro Souza Diretora, da creche São Sebastião e membro do Conselho Municipal de Educação.

Fonte: Assessoria de Comunicação - CMV

Vereadores aprovam novas Comissões Permanentes em primeira votação



Na reunião ordinária desta terça-feira (18) os Vereadores aprovaram em primeira votação o projeto de resolução de n° 013/2013 que desmembra a “Comissão Permanente de Educação, Cultura e Esporte”.

O projeto de autoria, da Vice-Presidente da Casa, Marilange Pinto Coelho (PV) e dos Vereadores Alexandre Valente (PSD), Marcos Nunes (PT), Lidson Lehner (PR) e Paulo Roberto (Paulinho Brasília) (MD) pretende criar a “Comissão Permanente de Educação, Ciência e Tecnologia” e a “Comissão Permanente de Cultura, Esporte e Juventude”.

Durante a discussão do projeto, o Vereador Geraldo Andrade (Geraldão) (PTB), e Presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, pediu sobrestamento à proposta alegando que uma segunda reunião interna do projeto ainda não havia sido realizada. “Acredito que podemos amadurecer essa questão e esse debate aqui na Casa, resolvendo isso internamente e depois voltando com a proposta para o Plenário. Essas comissões são de pilares que andam juntos.”

A Vice-Presidente da Casa, Marilange pontuou que iria votar contra o sobrestamento “uma vez que como foi pedido que se fizesse uma argumentação do porque de separar essas comissões e a mesma foi feita em tempo hábil e entregue ao presidente desta Casa”.

Ela salientou que como educadora se preocupa com a situação. “Há hoje uma demanda grande da educação e acredito que uma comissão voltada para isso irá atendar mais as demandas, sendo o trabalho desenvolvido da melhor maneira possível. A divisão é para que possamos trabalhar mais, nós temos um Plano Decenal de Educação para planejar e poucas ações têm sido executadas.”

O pedido de sobrestamento foi votado, com oito votos contrários ao sobrestamento e seis favoráveis, sendo esses dos Vereadores Helder Evangelista (PHS), Geraldão, Edenilson Oliveira (PMDB), Carlitos Alves (PDT), Marcos Nunes (PT) e Geraldo Cardoso (PSDC).

Em seguida, o projeto de resolução foi aprovado, em primeira votação, com um voto contrário do Vereador Geraldão.

Fonte: Assessoria de Comunicação - CMV

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Viçosa terá nova manifestação na próxima semana





Estudantes da UFV se reunirão nesta sexta-feira (21), em uma assembléia no gramado da “estaçãozinha”, a partir das 12 horas. Na assembléia, será discutida a contribuição da classe estudantil na construção do movimento “Viçosa Que Queremos”.

Já no domingo (23), representantes de associações, ONG’s, sindicatos, além de estudantes, trabalhadores e a população viçosense em geral se reunirão no gramado das quatro pilastras às 14 horas. O objetivo do encontro é discutir os temas que estarão na pauta da segunda manifestação que ainda não tem data definida.

Manifestação em defesa da educação reúne mais de 4 mil pessoas em Viçosa



Cerca de quatro mil pessoas participaram de uma manifestação na noite desta segunda-feira (17) em Viçosa, na Zona da Mata de Minas Gerais, de acordo com a Polícia Militar. Na cidade, jovens se juntaram à onda de protestos nacionais. A mobilização durou cerca de duas horas e meia e, conforme a polícia, ocorreu de forma pacífica.

“Entre 3 e 4 mil pessoas participaram. Acompanhamos o deslocamento e não houve nenhum ato de vandalismo, de destruição”, afirmou a sargento Ivone Barbosa, da Comunicação Social da PM em Viçosa. Segundo ela, o protesto não teve um único tema.

O protesto seguiu de forma pacífica. Os manifestantes, a maioria estudantes universitários e de movimentos sociais, se reuniu na Praça das quatro pilastras. De lá, eles seguiram pelas ruas do centro da cidade, passando pela Avenida PH Rolfs, rua Padre Serafim, Avenida Buano Brandão, Praça da antiga estação e calçadão. 

Com cartazes e gritos de ordem, os manifestantes protestavam por muitos motivos, entre eles pela educação gratuita e de qualidade, melhoria do transporte público, melhorias na saúde e segurança. Os cara-pintada, geração marcante do início dos anos 90, também voltaram às ruas da cidade. 
Jovens ocuparam osm principais cruzamentos de Viçosa (Foto: Pedro Waddington)
Para o universitário Virgílio Neto Júnior, de 21 anos, que acompanhou a manifestação, os jovens foram às ruas por causas diversas. “A questão da redução das passagens de ônibus deu início aos protestos, mas abriu um leque muito maior. Cada um se mobilizou do jeito que podia, uns com nariz de palhaço, outros com caras pintadas, apito panelas, cada um levou o que achou que era válido”, relatou.

Segundo o estudante, houve críticas à estrutura da cidade, que é um polo universitário, e ao ensino básico municipal. Em frente à prefeitura, cartazes foram afixados cobrando melhorias na educação.

Manifestantes ocuparam a Praça da Prefeitura de Viçosa (foto: Pedro Waddington)
A estudante Roberta Fontes, que saiu às ruas no protesto, acredita que o número de participantes foi maior do que o divulgado pela PM. Segundo ela, muitos dos presentes eram alunos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que se uniram em um movimento apartidário. “Aqui o protesto foi muito tranquilo, super pacífico e o foco foi na educação”, afirma a jovem. Ainda de acordo com Roberta, muitos professores universitários se juntaram à manifestação, que durou cerca de duas horas e meia.

Depois, o movimento seguiu para a Praça do Rosário, onde fica o prédio da Prefeitura de Viçosa. Os manifestantes colaram os cartazes usados na manifestação nas paredes externas do prédio da prefeitura e também da câmara de vereadores. A manifestação seguiu de volta até a Praça das quatro pilastras, onde foi cantado o Hino Nacional Brasileiro. A manifestação terminou por volta das 22 horas.





























Sind-UTE/MG conquista, junto ao STF, derrubar liminar que proibia realização de manifestações no período da Copa das Confederações

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) consegue derrubar a liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que concedia ao Governo mineiro a proibição da realização de manifestações durante o período da Copa das Confederações. A decisão, que acaba de sair, é do Supremo Tribunal Federal (STF).

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira comemora a decisão. “Garantimos o direito de manifestação. É uma importante vitória não só para o Sind-UTE/MG, mas para todos os movimentos sociais, que organizam manifestações.”

Histórico

A proibição da Justiça de Minas Gerais de realizar atos no período da Copa das Confederações, em Belo Horizonte saiu no final da tarde do dia 14 de junho, em resposta a uma solicitação do Executivo Estadual. A liminar previa ainda multa diária pelo descumprimento de R$500 mil.

A direção do Sindicato recorreu contra a liminar e informou que manteria o calendário de greve, previsto para os dias 17, 18, 22, 26 e 27 deste mês, sendo que nos dias 17, 22 e 26 acontecem jogos da Copa das Confederações, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte.

A direção do Sindicato alegou que o Tribunal de Justiça poderia ter mediado como fez a justiça no caso da greve dos servidores municipais, estabelecendo parâmetros para que pudéssemos ter o direito de manifestação preservado, mas preferiu impor uma decisão sob pena de multa.

O TJMG manteve a liminar. O Sind-UTE/MG então entrou com ação no Supremo Tribunal Federal, para pedir a garantia do direito de manifestação.

Vale informar que no dia 17 último, os trabalhadores em educação de Minas Gerais, saúde, estudantes e representantes de várias categorias do funcionalismo público unificaram o coro em uma só voz, numa grande mobilização que teve concentração em frente à Igreja São Francisco, na Pampulha, e depois seguiu para as proximidades do estádio do Mineirão, onde aconteceu o jogo entre as Seleções do Taiti e da Nigéria, pela Copa das Confederações. A direção do Sind-UTE/MG afirma que quem obstruiu a via pública foi o batalhão de choque da Polícia Militar.

Segundo Beatriz Cerqueira, o movimento da categoria foi pacífico, cumpriu o objetivo e teve como finalidade dizer aos governantes e àqueles que querem calar a voz dos trabalhadores que o ir às ruas para se manifestar é também um instrumento de negociação. “Enquanto o governo do Estado não decide sentar e negociar conosco, vamos encontrar essa e outras formas de denunciar o que estamos vivendo. Poderíamos ter evitado esta greve se o governo cumprisse os acordos assinados ou estabelecesse um processo de negociação. Nós aprovamos o indicativo de greve em abril, mas, como não tivemos resposta do governo, a categoria decidiu pelo movimento.”

Trabalhadores em educação, em greve por tempo determinado, fazem grande mobilização no entorno do Mineirão

Trabalhadores em educação de Minas Gerais, saúde, estudantes e representantes de várias categorias do funcionalismo público unificaram o coro em uma só voz nesta segunda-feira (17), numa grande mobilização que teve concentração em frente à Igreja São Francisco, na Pampulha, e depois seguiu para as proximidades do estádio do Mineirão, onde aconteceu o jogo entre as Seleções do Taiti e da Nigéria, pela Copa das Confederações.

Segundo a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, o movimento pacífico, cumpriu o seu objetivo e teve como finalidade dizer aos governantes e àqueles que querem calar a voz dos trabalhadores que o ir às ruas para se manifestar é também um instrumento de negociação. “Enquanto o governo do Estado não decide sentar e negociar conosco, vamos encontrar essa e outras formas de denunciar o que estamos vivendo”, ressaltou.

Ao afirmar ainda que ninguém é dono das ruas da cidade e que o movimento é de todos aqueles que queiram dar o seu recado, Beatriz Cerqueira lembrou que os trabalhadores aglutinam forças no momento que o nosso Estado se transforma numa vitrine com a Copa das Confederações. “Conseguimos realizar um grande ato, apesar do cerco policial. Nosso movimento ganhou visibilidade e, nos próximos dias 22 e 26, faremos mobilizações ainda maiores. O direito de manifestação está previsto na Lei Geral da Copa e assegurado na Constituição”, ressalta.

A mobilização teve ampla repercussão e cobertura da imprensa local, nacional e internacional, que destacou também a grande manifestação realizada no centro da capital mineira, onde cerca de 30 mil pessoas também se reuniram para contestar contra os investimentos na Copa das Confederações e pelo descaso do governo mineiro com a educação e a saúde. 

Na mobilização dos educadores na Pampulha, os manifestantes entregam rosas brancas às pessoas que se dirigiam ao Mineirão e distribuíram panfletos em que denunciavam, em português e inglês, as péssimas condições salariais e de trabalho dos profissionais da educação em Minas Gerais. 

Vale ressaltar que, após o ato no Mineirão, os manifestantes incorporaram a manifestação que saiu da Praça Sete. 

Decisão abritária 

Segundo avaliações veiculadas pela própria imprensa, as manifestações pelas ruas de Belo Horizonte ganharam força depois que uma liminar da Justiça proibiu a realização de protestos em Minas Gerais durante a Copa das Confederações.

Ao afirmar que o calendário de manifestações da greve nos dias dos jogos da Copa das Confederações está mantido, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG destaca: “Poderíamos ter evitado esta greve se o governo cumprisse os acordos assinados ou estabelecesse um processo de negociação. Nós aprovamos o indicativo de greve em abril, mas, como não tivemos resposta do governo, a categoria decidiu pelo movimento”. 

Ela informa também que o Sindicato recorreu na última sexta-feira (14/06), da decisão arbitrária e absurda da Justiça mineira que concedeu liminar ao governo de Minas Gerais proibindo a realização de atos e manifestações em todo o Estado nos dias dos jogos da Copa das Confederações. “Aqui em Minas o governo é covarde, não negocia e tenta impor sua vontade por decisões judiciais. O Tribunal de Justiça poderia ter mediado como fez a justiça no caso da greve dos servidores municipais, poderia ter estabelecido parâmetros para que pudéssemos ter o direito de manifestação preservado, mas preferiu impor uma decisão sob pena de multa”. 

O calendário de luta dos trabalhadores em educação de Minas Gerais prevê greve por tempo determinado nos seguintes dias: 17, 18, 22, 26 e 27 de junho e nova Assembleia da categoria será em 04 de julho.














































Fotografias: Taís Ferreira