terça-feira, 24 de setembro de 2013

Cinco professores se demitem por dia das escolas estaduais

Foram 1.283 exonerações na rede de janeiro a agosto deste ano, número que já supera o de 2012

O professor Thiago Morato trocou o cargo público para trabalhar em uma escola particular; salário influenciou decisão
A cada dia, cinco professores concursados pedem demissão, em média, das escolas estaduais de Minas Gerais. De janeiro a agosto deste ano, 1.283 educadores desistiram de seguir carreira na rede, mesmo com a estabilidade garantida no serviço público. O número já supera as exonerações de 2012, quando foram 1.238, segundo dados da Secretaria de Estado de Educação (SEE).

Salário baixo, falta de plano de carreira, más condições de trabalho e desrespeito dos alunos estão entre os motivos da evasão apontados pela categoria. Nesta semana, O TEMPOpublica uma série de reportagens sobre a educação em Minas. Desde o último dia 30, profissionais da rede estadual estão acampados no estacionamento do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador Antonio Anastasia, na região Centro-Sul da capital, para reivindicar valorização profissional. Hoje, está prevista uma reunião entre o governo do Estado e o sindicato da categoria.

Ao todo, foram 1.306 exonerações neste ano, sendo 1.283 a pedido do trabalhador e 23 por decisão do governo, isso em um universo de 105.297 educadores concursados. “A desvalorização do profissional é muito grande no país. O professor vive em um ambiente de trabalho nada favorável e, mesmo com a estabilidade na carreira, não vale a pena permanecer no cargo”, analisa o cientista político Eduardo Martins de Lima.

Municipal. Nas escolas municipais da capital, foram 193 desistências de janeiro a agosto deste ano, contra 286 em 2012 – o que, proporcionalmente ao tamanho da rede (são 13.199 educadores na rede), mantém a mesma média de exonerações da estadual – de 1,22% a 1,46% do efetivo.

Não houve demissões a pedido da prefeitura no período.

A professora de direito trabalhista da Universidade Fumec Andréa Vasconcellos explica que o profissional só pode ser demitido de um cargo público contra sua vontade se cometer falta gravíssima no exercício da função. Já o abandono voluntário é pouco comum. “A estabilidade é a garantia de permanência no emprego, situação que todo mundo busca na vida para poder planejar o futuro, comprar casa, ter filhos. No mercado privado, a rotatividade de profissionais é muito grande”, explica.

Mesmo com esses riscos, o professor de física Thiago Morato, 31, abriu mão do cargo público em escola estadual para atuar na particular. “Eu tinha o desejo de ser concursado e fiquei bem-colocado no concurso de 2011. Mas desisti da nomeação após ficar quatro anos trabalhando como contratado na rede. Estudei em uma das melhores universidades do país e sou um profissional bom, não dá para ganhar R$ 1.200 por mês”.

A professora de matemática Hortênsia Virginia Américo, 25, foi mais além. Ela desistiu neste ano de dois cargos efetivos que tinha nas redes estadual e municipal de ensino para atuar como técnica em eletrônica na Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig). “Eu me decepcionei muito. As salas de aula são lotadas, há muito desrespeito com o professor, e o salário não compensa o sacrifício”, diz.

Sind-UTE/MG aponta problemas na proposta apresentada pelo Governo

O Sind-UTE/MG e outras entidades que representam a educação estiveram reunidas com a secretária de estado da educação, Ana Lúcia Gazolla, nesta segunda-feira (23/09), na Cidade Administrativa.

Abaixo, uma síntese do que foi apresentado pelo Governo do Estado:

- 5% de reajuste nas tabelas de subsídio;
- quem tiver cumprido os requisitos para progressão no período de 2012 a 2014, terá uma progressão (equivale a 2,5%).

Esta foi a proposta apresentada, além de uma palestra sobre regras de carreira que todos já sabiam.

Problemas que o Sind-UTE/MG já havia identificado e discutido com o governo:
  • Não foi apresentada nenhuma proposta sobre promoção na carreira. Vale lembrar que os concursados de 2004 não tiveram nenhuma promoção na carreira até hoje. Também há problemas para os efetivados, que continuam recebendo como estudantes de licenciatura. Com esta proposta, a carreira continua congelada. De acordo com o artigo 19 da Lei Estadual 19.837/11, as promoções terão vigência a partir de janeiro de 2016, mas isso não garante o imediato pagamento. Isso quer dizer que, nem em janeiro de 2016, há garantia de recebimento da promoção por escolaridade adicional.
  • 5% não repõem nem a inflação do período das tabelas do subsídio. Queremos proposta de pagamento do Piso Salarial como vencimento básico. O governo também não respondeu sobre o passivo que deve aos profissionais do magistério, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) já definiu o Piso como vencimento básico e que é devido desde abril de 2011. Também não respondeu ao questionamento do Sindicato sobre o reajuste que, por lei federal, é o custo aluno (7,97% em 2013).
  • A Vantagem Temporária de Antecipação de Posicionamento (VTAP) corresponde ao passado do servidor e não pode ser anunciada como projeção de futuro da carreira. O parcelamento até 2015 continuará.
  • As distorções nas tabelas salariais entre servidores com a mesma escolaridade continuam e precisam de correção, como por exemplo, a tabela dos Assistentes Técnicos da Educação Básica, cuja escolaridade exigida é nível médio e recebem menos que o PEBT1.
Então é falsa a afirmação de que o Governo anuncia reajuste de 7,62%. O reajuste anunciado foi de 5%. A progressão, 2,5%, corresponde à política de carreira, é direito dos profissionais da educação e o Governo não estava pagando.

O anúncio do governo é insuficiente e não recupera a desvalorização a que os profissionais da educação estão submetidos.

Vale informar que os educadores realizam Assembleia Estadual no próximo dia 26, às 14h, no Acampamento da categoria, na porta do Palácio das Mangabeiras, quando vão avaliar a proposta do Governo e definir novas estratégias e calendário de ações.

Acompanhe a entrevista coletiva que a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira concedeu à imprensa: 


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sind-UTE/MG marca presença no II Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano





O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) participou do II Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, que aconteceu em Porto de Galinhas, no Recife. O Encontro desta vez traz o tema "Construindo o Movimento Pedagógico Latino-Americano." Participam do evento cerca de 700 educadores da América Latina.

Na abertura do evento, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão Roberto Leão, falou sobre os desafios que os educadores do continente enfrentam e da importância do debate para a construção de um alinhamento pedagógico conjunto."Precisamos construir uma pedagogia independente que seja realmente libertadora dos povos da América. Todos os países do continente tem uma história de muita luta e determinação, que sem dúvida contribuem para o nosso objetivo que é chegar a uma América justa."

Homenageado: Paulo Freire

A CNTE fez uma bela homenagem a Paulo Freire, em Recife inaugurando em frente a Faculdade de Educação na UFPE uma estátua do educador. Buscaram do educador uma de suas máximas para inspiração do Encontro: "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo."

O presidente da CNTE lembrou que 2013 marca os 50 anos da experiência de Paulo Freire em Angicos, no Rio Grande do Norte, quando o professor alfabetizou 300 trabalhadores em 40 horas, considerada como marco do método Paulo Freire, uma alfabetização que, sobretudo, ajudava o aluno a pensar o mundo.

Leão afirmou ainda que o modelo de educação da América Latina precisa incorporar a história e a cultura dos povos que aqui habitavam quando o continente foi colonizado. "Nós não vamos deixar que, depois de mais de 500 anos de educação, outros interesses tomem conta disso. Centenas de milhares de heróis anônimos desse continente lutaram para que pudéssemos nos expressar", finalizou.

Participaram também da mesa de abertura Hugo Yasky, presidente da IEAL, Juçara Vieira, vice-presidenta da Internacional da Educação, João Felício, secretário de relações internacionais da CUT, Combertty Rodriguez, coordenador da IEAL, Haldis Holst, secretária-adjunta da IE, Fátima Silva, vice-presidenta da IEAL e Emir Sader, sociólogo.

Histórico

O Sind-UTE/MG participa do Encontro com representantes de todas as regiões do Estado, eleitos em reunião do Conselho Geral. Na oportunidade, o Sindicato entregou às delegações internacionais e dos demais estados brasileiros, material que relata a realidade mineira e denuncia as práticas do Governo de Minas Gerais em relação à educação.

A direção do Sind-UTE/MG entende que o evento é de extrema importância e por isso realizou, no dia 1º de setembro, uma discussão sobre o Encontro Latino-Americano de Educação, que contou com a participação da vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva. A atividade aconteceu no Acampamento dos educadores mineiros, no Palácio das Mangabeiras.

Na oportunidade, Fátima Silva informou que Recife foi escolhido por ser a terra natal do educador Paulo Freire, um dos maiores exemplos e fontes de inspiração da categoria por uma luta de educação de qualidade social. Vale lembrar que a abertura do evento acontece no dia de nascimento de Paulo Freire.

Elafalou do objetivo do evento. “É um grande desafio, embalado pelo sonho de Paulo Freire, que ultrapassou as fronteias do país com a Pedagogia do oprimido e com o método da aplicação da educação libertadora. Ele é um exemplo que ainda temos que persistir no que diz respeito à erradicação do analfabetismo no Brasil e na América Latina.”

Para a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, trata-se de um projeto de grandes dimensões. "Nossa expectativa é consolidar um espaço da discussão pedagógica, definindo linhas e ações comuns nos país como linhas norteadoras para todos os sindicatos da América Latina, o que acreditamos irá nos fortalecer em nossas lutas."



Para o coordenador-geral do Sind-UTE Viçosa, Paulo Gustavo Grossi: "O II Encontro do Movimento Pedagógico Latino-americano foi muito importante porque nesse espaço conseguimos expandir os debates que muitas vezes ficam restringidos ao Brasil. Ao compartilhar nossas ideias, enriquecemos nossas lutas e ampliamos os nossos horizontes, mostrando que a batalha por uma educação de qualidade, não é só nossa, mas de toda a América Latina" 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vereadores aprovam projeto de lei que altera tabela salarial dos servidores da educação


Com a grande presença de educadores, os Vereadores aprovaram, por unanimidade, em reunião extraordinária nesta terça-feira (03), sem remuneração, o projeto de lei de n° 067/2013 que dispõe sobre alterações nas tabelas salariais dos servidores da educação e saúde do município.
O Executivo justificou que ficou comprovada a existência de irregularidade na diferença dos níveis de progressão previstos nas tabelas da lei de n° 2.291/2013, em face dos estatutos municipais da educação e da saúde, acarretando a necessidade de correção por meio do aumento salarial nas tabelas.
O Vereador Sávio José destacou que essa é uma luta antiga dos educadores, desde o ano de 2000 e agradeceu ao Executivo por enviar o projeto de lei a Casa. “Foram feitas reuniões juntamente com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e pedimos a administração municipal que consertasse o erro. Essa é uma conquista dos professores de Viçosa potencializada pelo Sind-UTE daqui, demonstrando o quão importante é um sindicato que luta pelos direitos da sua categoria. Esse feito é um direito dos educadores e vocês tem total mérito por esse reconhecimento dessa profissão árdua.”
A Vice-Presidente da Casa, Marilange Pinto Coelho (PV) fez coro ao colega e também parabenizou o empenho do Sind-UTE. “O meu respeito e o total valor vão aos profissionais da educação, em especial aos professores da área de exatas que há 12 anos fazem essas contas e colocam que isso estava errado.” 
O Projeto foi aprovado em primeira e segunda votação, por unanimidade. Com o pedido de dispensa da terceira votação pelo Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Alexandre Valente também aprovado.

Acampados no Palácio das Mangabeiras, educadores realizam atividades pedagógicas

Neste domingo, a discussão foi sobre o Encontro do Movimento Pedagógico
Latino-Americano 
Diário
Educadores acampados no Palácio das Mangabeiras
Domingo (01/09/13)

Uma discussão sobre o Encontro Latino-Americano de Educação, que acontece este mês, em Recife, abriu as atividades do terceiro dia de acampamento dos trabalhadores em educação da rede estadual, na entrada do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia.


A atividade pedagógica, promovida pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), aconteceria no auditório do Sindieletro, mas foi transferida para o local do acampamento, que teve início nessa sexta-feira (30.08), Dia Nacional de Mobilizações.

A vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva, fez uma explanação sobre o Encontro Latino-Americano de Educação e informou que Recife foi escolhido por ser a terra natal do educador Paulo Freire, um dos maiores exemplos e fontes de inspiração da categoria por uma luta de educação de qualidade social. A abertura do evento acontece no dia de nascimento de Paulo Freire.

Ela explica que trata-se do 2º encontro do movimento pedagógico latino-americano. “A expectativa é consolidar um espaço da discussão pedagógica entre todos os sindicatos da América Latina, no sentido de ter linhas e ações comuns nos países. É um grande desafio, embalado pelo sonho de Paulo Freire, que ultrapassou as fronteias do país com a Pedagogia do oprimido e com o método da aplicação da educação libertadora. Ele é um exemplo que ainda temos que persistir no que diz respeito à erradicação do analfabetismo no Brasil e na América Latina”, afirma Fátima Silva.

Sobre o acampamento promovido pelo Sind-UTE/MG, Fátima Silva afirma que é mais uma ação que mostra a força, a resistência e a criatividade do Sind-UTE/MG, com seus educadores/as têm. “Demonstra criatividade no sentido de montar um acampamento aonde faz discussão dos grandes temas colocados para o Brasil nos dias de hoje, discutindo a Conferência e o Movimento Pedagógico Latino Americano. E por outro lado, criatividade, no sentido de forçar o governo a abrir um diálogo com a categoria e a cumprir suas obrigações constituições com a educação como investimento e valorização dos profissionais.”

Participaram desta discussão educadores das subsedes de: São João del-Rei, Unaí, Contagem, Uberaba, Viçosa, Nanuque, Belo Horizonte, Montes Claros, Leopoldina, Diamantina, Betim, Itaúna, Almenara, Caratinga, Espinosa, Divinópolis, Capelinha, João Monlevade, Ipatinga, Ribeirão das Neves, Governador Valadares e Teófilo Otoni.

O terceiro dia de acampamento, a exemplo dos outros, foi de intensa movimentação na residência oficial do governador mineiro, com entrada e saída de carros no Palácio das Mangabeiras.

Protesto

O movimento denuncia o descaso do governador mineiro para com a educação. As principais reivindicações são o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, o descongelamento da carreira e o investimento de 25% dos impostos para a educação, previstos na Constituição Federal.

O acampamento está acontecendo em forma de revezamento. O Sind-UTE/MG mantém uma estrutura para o acampamento e oferece alimentação e banheiros químicos para os educadores.

Depoimentos e apoio

A atividade tem priorizado o diálogo da categoria com a sociedade. Os trabalhadores relatam a verdadeira realidade da educação mineira e distribuem panfletos e o movimento tem recebido constantes apoios dos Movimentos Sindical e Social, além de pais, alunos e da sociedade civil.

Neste domingo, o Movimento dos Sem Terra (MST) esteve presente ao acampamento. Sônia Maria Roseno, do setor estadual da Educação do Movimento ressaltou que o MST está junto com o Sind-UTE/MG e com os professores para somar a luta do campo e da cidade. “Em 2014 o MST faz 30 anos e nesta trajetória de luta e resistência, o exemplo pedagógico da unidade vem mostrando que, cada vez mais, vamos nos fortalecendo na luta. Neste sentido, nos somar com Sind-UTE/MG tem sido motivo de orgulho e alegria. O Sindicato conseguiu, em 2011, na greve dos 112 dias, demostrar para Minas Gerais e todo o Brasil, a força da luta e da resistência, exemplo de grande aprendizado. A luta não parou, os desafios continuam. Nós também estamos numa batalha para não fechar as escolas dos campos, já que nos últimos 10 anos foram fechadas 30 mil escolas no país. Enquanto o governo quer que o campo seja invisibilizado, nós queremos o contrário – que o campo se fortaleça tanto na luta pela reforma agrária como também junto com a luta da educação no campo.”

A educadora Patrícia Pereira, da Escola Estadual Boa Vista, de Contagem julga muito importante a atividade do acampamento, já que estreita o diálogo com a comunidade. “É momento de ocuparmos os espaços da cidade e dialogar com a comunidade, mostrar as condições da educação da rede estadual. A sociedade civil precisa conhecer nossa realidade e só com essas ações conseguiremos difundir nossos problemas e desafios.”

“A proposta é interessante, tem aceitação da categoria e acreditamos que o acampamento dará visibilidade ao nosso Movimento.” A declaração é do educador Carlos Alberto Athayde Morais, da Escola Estadual Antônio Canela, de Montes Claros. Sobre o Encontro Latino-Americano de Educação, ele avalia que o evento será de extrema importância com experiências de companheiros e pesquisadores da educação de outros países. “Vamos defender as escolas de campo, que estão sendo fechadas e esperamos que o documento, que será construído no Encontro, sirva de referência e orientação para a escola pública brasileira.”

Para a educadora Feliciana Saldanha, da Escola Estadual Herbert José de Souza, em Santana do Paraíso, no Vale do Aço, a iniciativa do Sindicato é essencial para mostrar ao governo de Minas Gerais que não é possível ignorar a categoria, nem tratar com descaso como vem tratando os trabalhadores em educação. “A proposta é pressionar para que a negociação do dia 23 de setembro traga efetivamente resultados e que não seja apenas mais uma reunião com o governo, do qual a categoria não consegue vislumbrar conquistas.”

Atividades lúdicas

Neste domingo, vários educadores e educadoras levaram seus filhos para as atividades do Sind-UTE/MG, no acampamento do Palácio das Mangabeiras. A organização do movimento montou uma cama elástica para as crianças presentes, que se divertiram muito.

Após a discussão pedagógica foi servido almoço aos participantes, regado com cultura e arte, atividade esta organizada pelo Sindieletro. A voz firme e o violão de Itamar Lima ecoaram nas montanhas da Serra do Curral com uma seleção primorosa de músicas populares brasileiras (MPB).

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, participou das atividades neste domingo e destacou a força da categoria em defesa de seus direitos. “A sociedade precisa conhecer as mazelas da educação. Temos que denunciar o governo que não cumpre acordos, nem leis ou a Constituição Federal e, com isso, toda a sociedade fica prejudicada. Exigimos o pagamento do Piso Salarial, o descongelamento da carreira e a aplicação dos 25% dos impostos na educação. Esperamos resultados efetivos na reunião com as Secretarias Estaduais de Educação e Gestão e Planejamento no dia 23 próximo.”

Ela lembra que o acampamento está sendo feito através de revezamento e, diariamente, se alternam com grupos das várias Subsedes do Sindicato. Hoje, pernoitam no Palácio das Mangabeiras, educadores das Subsedes de Sete Lagoas e de Belo Horizonte/Floresta.

Vale informar que a imprensa tem feito cobertura diária no acampamento. Neste domingo, os repórteres dos jornais Hoje em Dia e O Tempo estiveram no local e conversaram com os educadores.

(01/09/13 - Acampanhamento) Turma dos educadores acampados de sábado (31.08) para domingo, primeiro de setembro

(01/09/13 - Acampanhamento) Faixas afixadas no acampamento do Palácio das Mangabeiras

(01/09/13 - Acampanhamento) Faixas afixadas no acampamento do Palácio das Mangabeiras

(01/09/13 - Acampanhamento) Faixas afixadas no acampamento do Palácio das Mangabeiras

(01/09/13 - Acampanhamento) A vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva, durante explanação sobre o Encontro Latino-Americano de Educação no acampamento

(01/09/13 - Acampanhamento) A vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva, durante explanação sobre o Encontro Latino-Americano de Educação no acampamento

(01/09/13 - Acampanhamento) A vice-presidente da Internacional da Educação para a América Latina, Fátima Silva, durante explanação sobre o Encontro Latino-Americano de Educação no acampamento e, ao fundo, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira atende a imprensa

(01/09/13 - Acampanhamento) Beatriz Cerqueira em atendimento à imprensa

(01/09/13 - Acampanhamento) Educadores participam da atividade pedagógica

(01/09/13 - Acampanhamento) Diretor José Luiz, do Departamento de Formação do Sind-UTE/MG fala aos educadores

(01/09/13 - Acampanhamento) Sônia Maria Roseno, do setor estadual da Educação do MST – entidade que apoia o acampamento. Ao lado, a diretora Mônica Maria de Souza, do Departamento de Formação do Sind-UTE/MG

(01/09/13 - Acampanhamento) Os participantes da discussão sobre o Encontro Latino-Americano de Educação se dividiram em grupos para debater questões específicas

(01/09/13 - Acampanhamento) Os participantes da discussão sobre o Encontro Latino-Americano de Educação se dividiram em grupos para debater questões específicas

(01/09/13 - Acampanhamento) Os participantes da discussão sobre o Encontro Latino-Americano de Educação se dividiram em grupos para debater questões específicas

(01/09/13 - Acampanhamento) Crianças, filhos e filhas de educadores/as se divertem na cama elástica, montada no espaço do acampamento no Palácio das Mangabeiras

Diário
Educadores acampados no Mangabeiras
Sábado (31/08/2013)

Educadores acampados na entrada do Palácio das Mangabeiras discutem sobre o projeto Reinventando o Ensino Médio

Neste segundo dia de acampamento dos/das trabalhadores/das em educação da rede estadual de Minas Gerais (31/08), na entrada principal do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do Governador do Estado, em Belo Horizonte, uma atividade pedagógica marcou o tom da mobilização.

O projeto Reinventando o Ensino Médio, da Secretaria de Estado da Educação (SEE), foi avaliado durante Seminário coordenado pelo departamento de Formação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

Uma das críticas que se faz em torno deste projeto é de que, em nenhum momento, houve uma preocupação do governo do Estado em discuti-lo com os trabalhadores em educação. “Esse programa foi criado à revelia dos sujeitos envolvidos. Há os que pensam e aqueles que estão sendo forçados a executá-lo. A lógica que se vê são pessoas completamente deslocadas do ambiente escolar, ou seja, das salas de aula, impondo processos fadados ao insucesso”, alertou o palestrante, Ramuth Pereira Marinho, militante da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Para ele, tanto o Reinventando o Ensino Médio (governo Estadual), quanto o Programa Nacional de Educação Tecnológica (Pronatec), guardadas as suas devidas proporções, são programas similares, que tentam atender a uma demanda local para o mercado de trabalho, com base na vocação regional e na empregabilidade. “Mas, na realidade não há um diálogo desses programas com a vocação regional. Por outro, há falta de transparência e de controle social dos gastos. Mas, sabemos que o dinheiro público, por meio desses projetos, vai parar nas mãos da iniciativa privada e isso é um absurdo”, avaliou.

Que escola queremos?

Ao convidar para fazer o enfrentamento de uma educação pública de qualidade, a diretora de Formação do Sind-UTE/MG, Mônica de Souza, conclamou a todos a defender projetos que dialogam com as necessidades da comunidade escolar e por uma educação pública de qualidade. “Qual é o nosso interesse? Que escola queremos? Que Ensino Médio interessa para os nossos alunos?

Denunciar é preciso

Por todas essas questões, o Sind-UTE/MG, segundo a sua coordenadora-geral, Beatriz Cerqueira, se encoraja mais uma vez para denunciar publicamente todas essas realidades. “Esse acampamento aqui, na porta do Palácio das Mangabeiras, visa chamar a atenção da sociedade para tudo isso. Dia 23, teremos mais um encontro com as Secretarias de Estado da Educação e de Planejamento e Gestão e não podemos esperar até lá para ver o que vai acontecer. Nos últimos dez anos, foram R$ 8 bilhões que deixaram de ser investidos na educação porque o governo não cumpriu o que a Constituição Federal determina: a aplicação de 25% dos impostos na educação. Isso significa escolas sem quadras poliesportivas, congelamento da carreira, o não pagamento do Piso, quinquênios e biênios atrasados, entre outras perdas para a classe trabalhadora e para os alunos”, destacou.
Enquanto protestam e dialogam com a sociedade, os trabalhadores em educação recebem diversos apoios. Nesse sábado, o acampamento da educação no Palácio das Mangabeiras recebeu as visitas do deputado estadual Rogério Correia, dos sindicalistas do Sindieletro Jefferson Leandro, Jair Gomes, além de várias lideranças do Movimento Social, pais de alunos e comunidade em geral.

Para que o movimento se mantenha fortalecido, a cada dia um grupo, sob coordenação de uma subsede do Sind-UTE/MG, permanece acampado. Nesse sábado, a mobilização contou com as presenças de companheiros(as) das Subsedes Barreiro, Ouro Preto, Ribeirão das Neves, Esmeraldas, Betim e Belo Horizonte.

(31/08/13 - Acampanhamento) - Barracas

(31/08/13 - Acampanhamento) - Café com o Governador


(31/08/13 - Acampanhamento) - Mesa de Abertura do Seminário Reinventando o Ensino Médio. Professor Ramuth Marinho e a diretora do Sind-UTE/MG, Mônica de Souza

(31/08/13 - Acampanhamento) - Educadores participam de Seminário no Acampamento

(31/08/13 - Acampanhamento) - Diretora do Sind-UTE/MG, Marilda Abreu, fala da importância da mobilização dos educadores em defesa de seus direitos

(31/08/13 - Acampanhamento) - Discussão em grupo

(31/08/13 - Acampanhamento) - Discussão em grupo

(31/08/13 - Acampanhamento) - Discussão em grupo

(31/08/13 - Acampanhamento) - Churrascão

(31/08/13 - Acampanhamento) - Churrascão

(31/08/13 - Acampanhamento) - Churrascão

(31/08/13 - Acampanhamento) - Atividade artístico-cultural, com os pernas-de-pau.

(31/08/13 - Acampanhamento) - Atividade artístico-cultural, com os pernas-de-pau.

(31/08/13 - Acampanhamento) - Atividade artístico-cultural, com os pernas-de-pau.

(31/08/13 - Acampanhamento) - Atividade artístico-cultural, com os pernas-de-pau.

(31/08/13 - Acampanhamento) - Atividade artístico-cultural, com os pernas-de-pau.

Diário
Educadores acampados no Mangabeiras
Sexta-feira (30/08/2013)

Trabalhadores em educação protestam na entrada do Palácio das Mangabeiras
Trabalhadores em educação da rede estadual de Minas Gerais iniciaram na manhã desta sexta-feira (30/08), um protesto na entrada principal do Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte, residência oficial do Governador do Estado.

O movimento faz parte das atividades de adesão ao Dia Nacional de Paralisação. Segundo a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, o protesto é pelo descongelamento da carreira, pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional, fim das perseguições e por uma efetiva negociação da pauta de reivindicações. 

A categoria já realizou três greves pelo Pagamento do Piso Salarial, de acordo com a Lei Federal 11.738/08 (2008, 2010 e 2011), mas o Governo de Minas não pagou o Piso e ainda criou o subsídio, que incorpora todas as gratificações, inclusive, o auxílio transporte.
Na parte da manhã de hoje, os trabalhadores em educação farão café da manhã para cobrar o Piso Salarial, almoçam na porta do Palácio e ficarão acampados, por tempo indeterminado, na portaria de entrada do Palácio das Mangabeiras.

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento ) Início da montagem das tendas no acampamento


(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) Trabalhadores começam a se organizar no local

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) Trabalhadores começam a se organizar no local

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) Trabalhadores começam a se organizar no local

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) Trabalhadores em educação tomam café no acampamento na Tenda Café da Manhã com o Governador

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) – Trabalhadores se concentram na portaria do Palácio das Mangabeiras

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) – A voz nos trabalhadores estampadas em faixas

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) – A voz nos trabalhadores estampadas em faixas

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) – Coordenadora-geral do Sind-UTE/MG concede entrevista à imprensa no acampamento.

(30/08/13 - 1º dia do Acampamento) – Aparato policial do Governador acompanham de perto a mobilização dos trabalhadores em educação.