quarta-feira, 26 de junho de 2013

Trabalhadores em educação, em greve por tempo determinado, realizam, amanhã manifestação na cidade

Os trabalhadores em educação de Minas Gerais promovem nesta quarta-feira (26.06), novo ato na capital mineira, onde acontece uma partida do Brasil pela Copa das Confederações. A concentração dos educadores está marcada às 11 horas, na Praça Sete, centro de Belo Horizonte e, apartir das 12h a categoria se uni a outros manifestantes.

O dia será de mobilizações e luta. A expectativa do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), é de que participem do ato servidores estaduais da saúde, eletricitários e outras categorias. A ideia é ir para as ruas para cobrar por melhorias e pelas pautas de reivindicações.

Greve por Tempo Determinado

De acordo com o calendário dos trabalhadores em educação a greve por tempo determinado estava prevista para acontecer nos dias 17,18, 22, 26 e 27 de junho. Nos dias 17, 22 e 26, foram definidos os atos nas proximidades do Mineirão, já que o estádio está sediando alguns jogos da Copa das Confederações. Nas outras datas, as manifestações são regionais. 

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, informa que todas as atividades estão acontecendo e, de certa, o objetivo está sendo cumprido, uma vez que a categoria está divulgando a realidade da educação em Minas. “Nosso movimento ganhou visibilidade, atenção da população e de turistas, que tem nos aplaudido por onde passamos”, afirmou.

A última manifestação aconteceu no sábado (22.06), no entorno do estádio. O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) aderiu à paralisação do Sind-UTE/MG, por decisão de um ato unificado do funcionalismo estadual, exigindo o cumprimento de Acordo de Greve e o Termo de Acordo da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Também representantes da Marcha Mundial das Mulheres se uniram ao ato do Sind-UTE/MG. 

Na oportunidade, foram distribuídos materiais contendo os problemas da educação mineira, a realidade vivida pela categoria e o descaso do governo mineiro em relação à educação para o mundo, uma vez que o folder é bilíngue: português e inglês. Durante a manifestação, a professora Andressa Rodrigues leu as reivindicações em inglês algumas vezes para atingir, sensibilizar os turistas estrangeiros.

No final do dia, o ato dos educadores se uniu a outros protestos. Representantes engrossaram a manifestação e uniram forças. Porém, as pessoas que vinham da Praça 7 tiveram dificuldade para entrar na orla da Pampulha, foram barradas por policiais militares e houve confronto. A multidão veio em caminhada do centro, bradando por direitos e pelas mais diversas reivindicações, demonstrando a força da organização popular e exercendo o legítimo significado da cidadania.

A partir de então, os muitos protestos e denúncias em vários pontos de Belo Horizonte, terminou com agressões e truculência da Polícia Militar contra os manifestantes. Duas pessoas caíram do viaduto José Alencar, na região da Pampulha, dezenas ficaram machucadas e 37 foram presas.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG lamenta o episódio e rende solidariedade a cada uma dessas pessoas que participaram, em especial àquelas que sofreram algum tipo de agressão. “Nossas reivindicações são muitas e nossa batalha, constante. Vocês são exemplos da resistência. Sofremos perseguição e criminalização das lutas sociais no nosso Estado e nossa força está em cada pessoa, pois, juntos, podemos modificar essa realidade”, afirmou Beatriz Cerqueira.

Assembleia Estadual

Está agendada para 04 de julho, às 14h, no pátio do Legislativo Estadual, nova Assembleia Estadual da categoria. Para Beatriz Cerqueira quem quer greve é o governo. “Tentamos negociar antes de aprovarmos nossa greve, mas o governo não deu retorno às questões apresentadas. Além disso, não cumpre acordo que assina, não paga o Piso Salarial, a carreira está congelada, a categoria adoecida e a educação desvalorizada.”

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