segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Governo de Minas trai professores e clima esquenta na Assembleia Legislativa


Em entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira, 22/11/11, Rogério Correia e demais deputados da oposição, juntamente com a coordenadora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, desmascararam as mentiras apresentadas ontem pelo Governo de Minas durante o anúncio feito por ele da “nova proposta” salarial para os servidores da Educação. Os deputados também denunciaram a quebra do acordo de greve pelo governo, as intimidações sofridas por sindicalistas por agentes da polícia secreta, além da veiculação de propagandas enganosas do executivo na mídia, pagas com dinheiro público, ofendendo os professores.

Para o deputado Rogério Correia, o Governo além de não cumprir o acordo firmado, e assinado pelo próprio secretário de governo, Danilo de Castro, entre executivo, sindicato e deputados da Assembleia Legislativa, ele desrespeitou todo o legislativo ao anunciar modelo remuneratório sem a prévia e real negociação como a comissão tripartite. Isso porque o anúncio feito pelo governo à imprensa foi marcado antecipadamente, desconsiderando a reunião que aconteceria horas antes com os deputados da oposição. Ou seja, não havia por parte do governo a intenção de negociar nada, já que a proposta unilateral já estava pronta.

Ao saberem disso, os deputados se recusaram a comparecer à tal reunião de fachada. “O Governo está dando rasteira em cobra; depois de marcar e remarcar a reunião várias vezes, ele apronta uma dessas e depois simplesmente anuncia a sua decisão autoritária que contraria o acordo feito pela própria comissão que ele mesmo construiu”, lamentou Rogério Correia. No documento elaborado pela Comissão Tripartite de negociação, o governo se comprometeu a pagar o piso salarial em ambas as formas de remuneração: subsídio e vencimento básico. Inclusive, a greve de 112 dias da categoria só foi suspensa a partir dessa garantia dada por ele.

Para Beatriz Cerqueira, o governo anunciou um modelo unificado de remuneração que nada mais é do que a proposta requentada de 2010 do próprio subsídio, amplamente repudiada pela categoria. “O sistema unificado não é vencimento básico, mas sim o congelamento do salário e o fim dos nossos direitos; o que o sindicato reivindica do governo é a aplicação de uma tabela salarial em que o professor de nível médio de escolaridades inicie a carreira ganhando R$ 830, a partir de janeiro de 2012, somando-se a esse valor os direitos adquiridos de acordo com a carreira e a situação funcional de cada trabalhador da educação”, explicou Beatriz.

Outro ponto questionado é sobre a alegação do governo acerca da falta de recursos para atender às reivindicações dos professores que impactariam a folha de pagamento em R$ 2,7 bilhões. De acordo com o deputado Rogério Correia, o governo alega ter apenas R$ 2,1 bilhões, omitindo a informação de que o governo federal já garantiu recursos do Fundeb no valor de R$ 1, 15 bilhões para esse fim. “Essa história de não ter dinheiro para pagar o piso é balela do governo que, além de não cumprir o que promete, fica gastando dinheiro público com propagandas ofensivas à categoria, distorcendo a verdade e apresentando propostas salariais que destroem a carreira do professor”, disparou Rogério.

Em apoio à luta dos professores pelo pagamento do piso federal, a oposição na Casa Legislativa promete continuar obstruindo a votação do projeto de Lei apresentado pelo governo a fim de pressionar uma real negociação que realmente valorize os trabalhadores e trabalhadoras da Educação. “Vamos manter a obstrução do projeto, fazer emendas e apoiar o sindicato no que for preciso para dar um basta a tanto desrespeito e negligência com a Educação em Minas”, completou.

Assista abaixo a indignação do deputado Rogério Correia durante pronunciamento em Plenário e a manifestação dos professores na ALMG.


Fonte: Site do Deputado Rogério Correia

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