O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) informa que o Estado de Minas Gerais criou mais despesas em 2011, porém não investiu em profissionais que trabalham em unidades escolares. A constatação tem como base o estudo do Censo Escolar, no período de 2005 a 2011.
O estudo nesta época aponta que houve um decréscimo de 4% no número de escolas estaduais, enquanto que a rede particular apresentou 8% de crescimento no período pesquisado. O dado curioso é que, apesar da redução do número das unidades públicas, os pagamentos vinculados a Secretaria de Educação aumentaram.
Em janeiro de 2010, o número de pagamentos foi de 361.873. No mesmo período em 2011, os gastos foram de 414.952, percentual que representa um crescimento de 6,9% nas despesas em relação ao ano passado. Os dados mostram que, mesmo com a não realização de concurso público e a diminuição das unidades de ensino, o número de pagamentos aumentou.
Gastos em outros setores – Outro dado interessante é que, conforme o estudo houve acréscimo de despesas neste ano vigente que não existiam em 2011. Os novos gastos são os seguintes: Casa Civil e Relações institucionais - R$ 607.538,46, Secretaria de Trabalho e Emprego - R$ 206.346,03, Escritório de Prioridades Estratégicas – R$ 158.085,69, Contratos Administrativos na Defesa Social - R$ 728.842,65, Contratos Administrativos na Seplag - R$ 662.785,58 e Contratos Administrativos na Saúde - R$ 656.013,24.
Além disso, o Governo de Minas Gerais investiu mais em alguns setores, como é o caso da Advocacia Geral do Estado. Comparando também o mês de janeiro dos anos de 2010 e 2011, a despesa desta pasta aumentou em 41,2%. A Auditoria Geral do Estado e o Gabinete Militar do Governo tiveram aumento em seus gastos de respectivamente 21,5 e 15,7%.
O Sind-UTE/MG avalia que os números indicam que o Governo de Minas priorizou pagamentos de profissionais que não trabalham em unidades escolares, criou novas despesas e investiu recursos em setores que não respondem por políticas públicas. A coordenadora geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira avalia negativamente esta prática. “Infelizmente, os profissionais da educação em greve desde o dia 08 de junho recebem vencimentos básicos de R$369,00 para formação em Magistério e R$550,00 para formação em licenciatura plena. Minas cresce mas o bolo continua concentrado, impondo o empobrecimento a uma categoria essencial ao desenvolvimento de uma sociedade, o professor”, disse.
Fonte: Sind-UTE - MG
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