domingo, 24 de julho de 2011

Categoria continua mobilização pelo Piso Salarial e caça ao 'Governador fora da lei'

Com o objetivo de cobrar do governador Antonio Anastasia o pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), trabalhadores/as em educação da rede estadual de ensino, em greve desde o dia 8 de junho, promoveram manifestações em Montes Claros, Mariana e São Gonçalo do Pará, respectivamente nos dias 15 e 16/7 e 20/07. Anastasia esteve nas três cidades para cumprir agenda oficial e enfrentou a manifestação da categoria.

Em Mariana - O governador participou das comemorações dos 300 anos do município e, mesmo tentando evitar a todo custo os manifestantes, fez o seu discurso debaixo de vaias. Participaram da atividade os profissionais em educação de Mariana, Ouro Preto, Belo Horizonte, Betim, Sete Lagoas, Conselheiro Lafaiete, Ribeirão das Neves, Varginha, Alfenas, Cambuí, Caxambu, Ponte Nova, além da direção estadual da entidade. Após o ato, a categoria fez uma grande passeata pelas ruas da cidade.

Em Montes Claros - As manifestações começaram no aeroporto. O governador foi recebido com a seguinte palavra de ordem: “com luta e com garra o Piso sai na marra”. Depois, em solenidade na Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (AMANS), o Governador teve que ouvir de um educador: “sou educador em greve, mereço respeito e quero o Piso”. Já no Colégio Tiradentes quando a comitiva do Governo trafegava próximo ao estúdio da Inter TV, afiliada da Rede Globo em Montes Claros, a categoria realizou nova manifestação. Deste local, o Governador foi obrigado a sair por rotas alternativas.

São Gonçalo do Pará – Nesta cidade, os trabalhadores e trabalhadoras em educação receberam o governador cnova manifestação, enquanto ele participava de um encontro de prefeitos na Associação Mineira de Municípios (AMM). No local, cerca de 300 manifestantes promoveram grande apitaço, exibiram faixas e manifestaram palavras de ordem. Mais uma vez o governador foi lembrado de que é um fora da lei por não cumprir a lei Federal 11.738/08.

Censura - O Estado tem tentado, de todas as formas, impedir que a categoria realize suas manifestações. Durante o percurso até Mariana, o ônibus da categoria que saiu de Belo Horizonte foi parado em duas barreiras da Polícia Rodoviária Estadual, onde permaneceu por aproximadamente 40 minutos em cada uma delas. No local do evento, vários manifestantes não conseguiram chegar até o espaço onde acontecia a solenidade, pois foram impedidos pela Polícia Militar. Já em Montes Claros, um policial tomou o microfone das mãos de um educador e puxou o cabo de som do carro. Porém, tais manifestações não conseguiram intimidar a categoria que, com garra, realizou seus atos nas duas cidades. Em São Gonçalo do Pará duas pessoas foram detidas, porque tentaram entrar no local do evento. O Sind-UTE/MG prestou toda assistência jurídica e os dois manifestantes foram liberados no mesmo dia.

O diretor estadual do Sind-UTE/MG, José Luiz Rodrigues, avalia que tais práticas não contribuem para as negociações entre Estado e categoria. “O Sind-UTE/MG repudia a truculência do governo de tentar impedir a locomoção da categoria. A categoria não se intimida com essas ações do governo. Queremos o pagamento do Piso Salarial já e, onde ele estiver, também estaremos para exigirmos o cumprimento da lei federal”, afirmou.

Fonte: Sind-UTE-MG

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