O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) participou na tarde dessa quarta-feira (20/7), do VI Congresso Brasileiro dos Estudantes de Filosofia (COBREFIL), promovido pela Associação Brasileira dos Estudantes de Filosofia (ABEF) e o Diretório Acadêmico de Filosofia da PUC Minas. Trata-se de um espaço onde os estudantes estão discutindo vários temas, como os desafios do movimento estudantil, Plano Nacional de Reforma Política, Luta de Classes, entre outros. Neste contexto, a proposta é fazer uma reflexão sobre o papel da Filosofia neste processo.
A participação do Sind-UTE/MG foi sobre o Plano Nacional de Educação (PNE). O evento, que teve início dia 17 último, acontece até o dia 23/7, na Escola Estadual Maria Amélia Guimarães, no bairro Pirajá, em Belo Horizonte.
Para discutir o tema estiveram presentes o diretor estadual do Sind-UTE/MG, José Luiz Rodrigues, e a professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Maria da Consolação Rocha. Também participaram estudantes de Filosofia, não só de Minas Gerais, mas de outros estados.
Na oportunidade, José Luiz Rodrigues destacou que a aprovação do PNE é importante para o desenvolvimento da educação no Brasil, mas afirmou ser fundamental a sociedade civil acompanhar este processo de perto. “Acredito que a aprovação do PNE vai acontecer por meio da mobilização popular, mas não basta somente aprovarmos o Plano, mas sim acompanhar sua aplicabilidade”, frisou. Sobre a greve dos trabalhadores em educação em Minas, o diretor avaliou que a categoria está em greve desde o dia 8/6 em função da falta de investimentos em Educação e pelo descumprimento da Lei Federal 11.738/08, que instituiu o Piso Salarial Profissional Nacional, hoje com valor de R$1.590.
PNE - O projeto de lei número 8035/2010, que prevê a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) define uma visão sistêmica da Estrutura Educacional, que contemple todos os atores envolvidos, como estudantes, professores e pais. A expectativa é que o Plano seja regulamentado neste ano e vigore até 2020.
O estudante de filosofia da PUC Minas e membro da comissão organizadora do Cobrefil, André Sousa, defende, não só a implantação do PNE, mas a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação. “É fundamental que este percentual seja revertido para um serviço que é essencial para formação humana, mas é importante que sociedade civil e entidades sindicais acompanhem de perto a aplicação deste recurso”.
Apoio – A educação recebeu apoio incondicional dos estudantes de Filosofia, no que diz respeito à greve dos trabalhadores/as em educação. “Acredito que este é um direito legítimo da categoria, já que o Piso já é estabelecido por uma Lei Federal, o que não da para entender é o Governo em Minas enrolar os trabalhadores/as”, disse o estudante de Filosofia da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), Paulo Soares.
Quem compactua da mesma opinião é o coordenador nacional da Associação Brasileira dos Estudantes de Filosofia, Arthur Bispo. “Apoiamos a greve dos trabalhadores em Educação de Minas Gerais e entendemos que a reivindicação deles é legítima, já que a exigência é que a lei seja cumprida. Aprovamos uma moção de apoio ao movimento que, em breve, será encaminhada ao Sindicato”.
Fonte: Sind-UTE-MG
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