A luta pelo Piso Nacional do Magistério é antiga no Brasil, ela remonta os idos do Império quando uma comissão determinou uma remuneração para os professores do Colégio Pedro II, até então um dos poucos centros escolares mantidos com verba pública.
Os anos se passaram e o sonho de um patamar salarial mínimo que reajustasse os salários e ao mesmo tempo valorizasse a carreira do magistério e dos trabalhadores da educação continuava a ser um sonho a ser perseguido por várias gerações de bravos educadores e educadoras que militavam nas fileiras da educação e que esperavam que esse sonho um dia se materializasse. Nos idos de 88 durante a Constituinte esse sonho tão aguardado quase se materializou, mas infelizmente a educação não foi escolhida como prioridade e o projeto de lei que daria início ao Piso não saiu do papel.
Finalmente duas década depois, em 2008 a Lei Federal 11.738 materializava um sonho de várias décadas de lutadores e lutadoras, era a aprovação por unanimidade na Câmara e no Senado da referida lei que criou o Piso Salarial Profissional Nacional dos Trabalhadores da Educação (o PSPN). Apesar da aprovação unânime o Piso foi imediatamente questionado no STF por 5 Estados da Federação o que retardou a sua efetiva aplicação na prática.
Mas em Agosto de 2011 o STF declarou a lei plenamente constitucional, o que gerou uma onda de greves em todos os Estados da Federação, com um único desejo: o Piso Nacional. Trabalhadores (as) de todo o Brasil clamavam pela imediata aplicação do Piso, sendo que no mesmo ano os trabalhadores da Rede Estadual de Minas Gerais fizeram a maior paralisação de sua história, foram mais de 112 dias de greve, realmente, um feito notável.
No mesmo 2011 o Sind-UTE Viçosa conseguia articular a criação de uma comissão paritária entre governo municipal e sindicato para começarmos a caminhar em direção ao Piso, essa comissão formada pelos servidores municipais Ana Lúcia e Angelita, e pelos servidores da Rede Estadual Paulo Gustavo Grossi, Raimundo Nonato e Romualdo Saraiva, buscava já no ano de 2011 colocar o Piso em prática em Viçosa, e por diversas razões não foi possível arrancar o Piso da Prefeitura, apesar de termos conseguido o histórico aumento de 23% para o magistério.
A movimentação e o esforço da comissão de negociação, juntamente com a mobilização da categoria, é que puderam transformar o sonho em realidade, nesse histórico 4 de Abril, um dia que a categoria jamais esquecerá, um dia que coroa os esforços e dedicação de alguns grandes membros dessa categoria que conseguiram cativar uns aos outros e de alguns membros da atual direção que agiram, não em nome da vaidade pessoal e do ego, mas em prol da categoria, e que por isso continuarão sempre junto a ela e não afastados das atividades sindicais em prol de projetos pessoais.
Parabéns Trabalhadores da Educação de Viçosa, o Piso Nacional é de vocês!
Paulo Gustavo Grossi da Silva
Coordenador Geral
Sind-UTE Viçosa
Paulo Gustavo Grossi da Silva
Coordenador Geral
Sind-UTE Viçosa
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