sexta-feira, 20 de abril de 2012

Trabalhadores em Educação realizam ato com panfletagem na Cidade Administrativa

Para lembrar ao Governo de Minas que a educação no Estado tem fome de Piso Salarial, carreira digna, de qualidade e de melhores condições de trabalho, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) promoveu, nesta tarde (17/04), uma grande panfletagem na Cidade Administrativa Tancredo Neves, em Belo Horizonte. Participaram trabalhadores de Sete Lagoas, Esmeraldas, Belo Horizonte, Betim entre outras cidades.

O objetivo do ato foi informar aos servidores públicos e população que circulam diariamente pela sede do Executivo Mineiro a real situação da educação e dos profissionais em Minas Gerais. Para isso, foram distribuídos cerca de quatro mil panfletos do “Dossiê da Educação Mineira”.

A principal entrada que dá acesso aos edifícios Minas e Gerais foi cercada pelos pratos - que se tornaram o símbolo da campanha do Sind-UTE/MG 2012 -, despertando a atenção e curiosidade de quem passava pelo local. A Cidade Administrativa registra uma circulação diária de cerca de 30 mil pessoas.

É o caso do servidor da Secretaria da Fazenda (SEF/MG), Flávio dos Santos, que apoiou a manifestação. “Sou a favor desse ato dos educadores, pois a reivindicação do Piso Salarial é justa. Já tive filho em escola pública e sei das dificuldades que a categoria enfrenta. A situação dos professores é vexatória, ainda mais com essa lei que muda a remuneração deles”, declarou.

Também curiosa com os pratos dispostos sobre a via de acesso às secretarias, a funcionária da Secretaria da Saúde (SES/MG), Flávia Alvarenga, disse não estar informada sobre as reivindicações dos educadores, mas achou válida a manifestação. “A educação é a base da nossa sociedade e, quando não se tem a valorização que deveria, é preciso lutar para que haja uma mudança. Os professores estão certíssimos”, ressaltou.

“Meu filho, por exemplo, estuda em uma turma multisseriada na cidade de Espera Feliz, e nós, do interior, sofremos com a falta de interesse em investimentos em educação para as escolas rurais. É de grande importância essa manifestação, sobretudo, porque os meios de comunicação não noticiam e a sociedade precisa saber o que está acontecendo com a educação”, afirmou o coordenador da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Minas Gerais (Fetraf-MG), Juseleno Anacleto da Silva.

A coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira avaliou positivamente a iniciativa. “As ações de informação e divulgação aproximam a população da realidade da educação e da nossa categoria. Conhecendo a real situação da educação em Minas, a população, além de se conscientizar, apoia a categoria”, explica. Ressaltou ainda que novas ações como esta serão feitas.

Coerção

Mesmo a panfletagem sendo uma manifestação pacífica, a ação acabou incomodando – e muito - o Governo do Estado. Tanto que foram destacados policiais militares para tentar coibir o ato na entrada da Cidade Administrativa. As faixas e cartazes foram proibidos de serem afixados próximos aos pontos de ônibus, na área externa aos prédios públicos.





















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