quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Giro de notícias sobre a suspensão da greve!

Anastasia confirma medidas e diz que professores só irão receber após reposição das aulas

Governador Anastasia em entrevista colteiva nesta manhã  Foto: João Godinho 




O governador Antonio Anastasia confirmou nesta quarta-feira (28) as medidas que haviam sido anunciadas nessa terça, quando a greve dos professores da rede estadual do ensino chegou ao fim, após 112 de paralisação.

Segundo Anastasia, o piso salarial nacional no plano de carreira da categoria será aplicado entre 2012 e 2015. Os profissionais serão enquadrados, gradativamente, em faixas salariais, levando-se em consideração o tempo de carreira e a escolaridade.

O governador ainda afirmou que novas reuniões com o Sindicato Único dos Professores em Educação (Sind-UTE) e representantes da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que mediaram as negociações, serão marcadas para acompanhar o processo da volta às aulas.

Sobre o projeto de lei 2.355/11, que institui a nova remuneração da categoria, Anastasia afirmou que modificações podem ser feitas. O projeto tramita em caráter emergencial e estava pronto para ser votado no plenário.

Reposição - Os professores que estavam parados só irão receber o salário relativo a esses dias após a reposição das aulas, que deve ocorrer apenas no primeiro trimestre de 2012. Já os dias em que os professores substitutos trabalharam não serão pagos aos grevistas.

Conforme Anastasia, a exoneração dos 245 professores designados que permaneciam em greve foi suspensa.

O fim da greve foi anunciado no fim da noite dessa terça, no pátio da Assembleia Legislativa, com a presença de 5 mil professores. A categoria prometeu se reunir novamente em 8 de outubro, para analisar se as propostas do governo do Estado estão sendo cumpridas.

Fonte: Felipe Rezende e Natália Oliveira - O Tempo - 28/09/2011 - 12h31

Professores - Estado e Sind-UTE reabrem negociação e interrompem maior paralisação da história na educação
Greve é suspensa após 112 dias
Servidores voltam às salas de aula amanhã; dia 8 há nova assembleia


A Coordenadora do Sind-UTE acompanha votação que suspendeu a greve da categoria Foto: Leo Fontes


Depois de 112 dias de paralisação, a greve dos professores da rede estadual de ensino foi suspensa ontem. Os servidores retornam às salas de aula amanhã. No entanto, o Sindicato Único dos Professores em Educação (Sind-UTE) ressaltou que o estado de greve continua até o dia 8 de outubro, quando haverá uma nova reunião para analisar se as propostas do governo do Estado estão sendo cumpridas.

A reposição das aulas ainda será motivo de negociação, que deverá ser atrelada ao corte na folha dos dias parados.

O anúncio do comando de greve foi feito no pátio da Assembleia Legislativa, com a presença de 5.000 professores. De acordo com o Sind-UTE, o governo prometeu a aplicar o piso salarial nacional no plano de carreira da categoria. No termo de compromisso assinado pela Secretaria de Estado de Governo, entre 2012 e 2015, esses profissionais serão enquadrados, gradativamente, em faixas salariais, levando-se em consideração o tempo de carreira e a escolaridade.

Outra garantia dada pelo Estado foi a suspensão, por 15 dias, da tramitação do projeto de lei nº 2.355/11, que institui a nova remuneração da categoria. A iniciativa estava pronta para se votada no plenário. "Aceitamos suspender a greve porque o governo avançou e se comprometeu a aplicar o piso na carreira, que era o que queríamos. Mas, se o Estado pisar na bola, a greve vai voltar", afirmou a coordenadora geral do Sind-UTE, Beatriz Cerqueira.

A secretária de Educação, Ana Lúcia Gazzola, afirmou que não há garantias, mas uma disposição do governo em negociar avanços nos dois regimes de remuneração.

Sem demissões. Ela garantiu a suspensão da aplicação de novas penalidades ao Sind-UTE e aos servidores. "Suspendemos a exoneração dos 245 professores designados que permaneciam em greve", disse Ana Lúcia.

"O governo de Minas reafirma que mantém a mesma disposição para o diálogo e reitera sua posição diversas vezes apresentada de retomar as negociações após a suspensão da paralisação", informou a Secretaria de governo, em nota.


Acorrentados na votação

Os cerca de 25 professores que estavam acorrentados no plenário da Assembleia saíram às 22h30 para a votação. Eles ficaram mais de 24 horas no local. À tarde, o presidente da Casa, Dinis Pinheiro (PSDB), mandou fechar o plenário e ninguém teve acesso ao local. Foi a primeira vez na história recente da ALMG que educadores impediram a votação de projetos.

 Fonte: Joana Suarez - O Tempo - 28/09/2011 - 12h31

Professores aceitam proposta do governo e suspendem greve
Categoria fará nova assembleia no dia 8 de outubro para avaliar se Estado está cumprindo o acordo

A Coordenadora do Sind-UTE acompanha votação que suspendeu a greve da categoria Foto: Leo Fontes

Após um dia de grande expectativa de todos os lados envolvidos na greve dos professores, que completou nesta terça-feira 112 dias de paralisação, a categoria aceitou a proposta do governo e decidiu suspender a greve. Foram mais de oito horas de negociações entre o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) e o Governo de Minas. Após o término desta negociação, o comando de greve se reuniu e após mais duas horas e meia de debates sinalizou pela suspensão da greve, sendo confirmada no fim da noite em votação da categoria, que lotou o pátio da Assembleia com mais de quatro mil pessoas.

Com a condição do fim imediato da greve, o Governo propôs negociar os valores da tabela de faixas salariais, entre 2012 e 2015, reconhecendo a aplicação do piso salarial proporcional no plano de carreira dos professores. Com isso, o Estado consideraria o tempo de serviço e a escolaridade dos profissionais para estipular quanto cada um vai receber. Porém, segundo o Sind-Ute, vai depender exatamente do cumprimento dessa promessa do governo para que a categoria encerre definitivamente a greve. Caso contrário, em assembleia no dia 8 de outubro, a categoria pode voltar a cruzar os braços.

No termo de compromisso firmado entre as partes, o governo se comprometeu ainda a suspender por 15 dias, para debates, a tramitação do projeto de lei que institui o subsídio, nova remuneração dos professores que incorpora ao salário base os benefícios da categoria.

A coordenadora do sindicato, Beatriz Cerqueira, saiu do encontro e chorou ao apresentar a proposta do governo aos professores reunidos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Com um tom mais sereno do que o de costume, a sindicalista pediu aos presentes que aguardassem algumas horas já que ainda iria debater com o comando de greve cada ponto da proposta. Após a deliberação, Beatriz deu início à votação das propostas, que resultou na suspensão da greve.

Durante a tarde, com a reabertura das negociações, a coordenadora do Sind-UTE determinou que dois professores, em greve de fome, suspendessem o ato, que durou 8 dias. Os dois passaram por atendimento médico e passam bem.

Designados

Na reunião entre o Sind-UTE e representantes do governo do Estado, a punição dos professores designados também foi objeto de negociação. Porém, as negociações sobre o assunto seriam retomadas 24 horas após o fim da greve. Uma comissão seria criada imediatamente para tratar da suspensão da exoneração dos profissionais contratados que participaram das paralisações.

Cerca de quatro mil pessoas estavam presentes na assembleia desta terça, segundo a Polícia Militar. Os professores esperaram por mais de cinco horas para que a assembleia tivesse início. Durante todo o dia, a categoria permaneceu no pátio da ALMG e comemorou após a decisão. Os 38 professores que se acorrentaram no plenário da ALMG nessa segunda-feira também se mantiveram firmes com o protesto até a decisão.

Com a suspensão da greve, o acordo prevê que todos os professores voltem às salas de aula já nesta quinta-feira.

Confira abaixo o termo de compromisso assinado entre professores e governo:
Reiterada a plena disposição de permanente diálogo com a categoria dos professores estaduais, o Governo reafirma sua disposição ao entendimento de modo a permitir o retorno pleno da normalidade da rede pública estadual. Para tanto, garante ao Sindicato a participação em comissão de negociação, com a presença de 6 (seis) parlamentares, além dos representantes do Poder Executivo e do Sindicato, com o objetivo de aprimorar e reposicionar na tabela salarial da carreira da educação (em ambas as suas atuais formas de remuneração), com impactos salariais desdobrados de 2012 até 2015, desde que o movimento cesse de imediato.

A comissão será instituída através de resolução imediatamente após a suspensão da greve da categoria e iniciará os trabalhos em até 24 horas após a sua constituição. No curso das negociações, preservados os termos do regimento interno da Assembleia Legislativa, será orientada a liderança do Governo no sentido de paralisação da tramitação do projeto de lei já encaminhado ao Poder Legislativo. A partir da data da suspensão do movimento e retorno integral às atividades, cessa a aplicação de novas penalidades.

Fonte: Mateus Rabelo e Joana Suarez - O Tempo - 27/09/2011 - 0h12

Pela primeira vez na história, Assembleia Legislativa suspende trabalhos após invasão de professores

Pela primeira vez na história recente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), as sessões plenárias desta terça-feira (27) tiveram de ser suspensas depois da ocupação de professores estaduais, em greve há 112 dias. Em nota, o presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), divulgou o seguinte texto:

"O Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, espaço destinado a reunião dos deputados para debates e votação de projetos, foi invadido por manifestantes na noite dessa segunda-feira (26/9), impedindo a abertura normal dos trabalhos legislativos no dia de hoje. É importante registrar que, na história recente do Parlamento mineiro, nunca houve qualquer impedimento para a abertura dos trabalhos do Plenário. Somente em período de anormalidade política, em ditaduras, os plenários dos legislativos são fechados ou impedidos de funcionar. A Casa do Povo, como é conhecida a Assembleia de Minas, está aberta permanentemente ao debate e às manifestações da população. Por isso, considera inadmissível que um grupo impeça seu pleno funcionamento, o que representa grave ameaça à democracia, por mais justa que seja a reivindicação. Todos os esforços estão sendo desenvolvidos para que a desocupação do Plenário aconteça através do entendimento e do diálogo, sem que haja necessidade de adoção de outros recursos".

Após uma noite de tensão, os 38 professores permanecem acampados no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. De acordo com um dos diretores do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), José Luiz Rodrigues, todos os manifestantes estão sem comer desde a noite dessa segunda-feira (26) e toda a água que tinham acabou.

Mesmo com a falta de comida e água, o diretor afirma que todos os professores irão permanecer acampados no plenário até que eles recebam uma resposta dos deputados que participaram das intermediações. Dos 38 grevistas que estão no plenário, 15 também permanecem acorrentados uns aos outros. 

Ainda segundo José Luiz Rodrigues, durante a noite dessa segunda-feira (26), eles pediram para desligar o ar condicionado e o pedido foi atendido. Além disso, o diretor afirma que alguns guardas da ALMG ficaram de vigília, mas que não foram incomodados em momento algum. No entanto, a preocupação maior dos manifestantes é com uma professora que, há pouco tempo, passou por duas cirurgias no coração e está sem se alimentar por um grande período de tempo.

Fonte: Mábila Soares - O Tempo - 27/09/2011 - 18h25m

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