sábado, 24 de setembro de 2011

Professores reafirmam que não voltam às salas antes de nova proposta

Paralisados há 108 dias, cerca de 150 professores da rede estadual participaram do protesto na porta do MP

Professores tentam impedir que projeto de reajuste seja votado pelos deputados

"Queremos retomar as atividades, mas só voltaremos às salas de aula quando recebermos uma proposta consistente. A greve continua e a mobilização também". A posição foi anunciada na manhã desta sexta-feira pela diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Lecioni Pereira Pinto, durante manifestação na porta do Ministério Público Estadual, no Bairro de Lourdes, Região Sul de Belo Horizonte.

Paralisados há 108 dias, cerca de 150 professores da rede estadual participaram do protesto. De acordo com Lecioni Pereira Pinto, a presença dos educadores no local era para afrontar o governador Antônio Anastasia, que receberia uma comenda na solenidade de encerramento da Semana do Ministério Público 2011. No entanto, os manifestantes não conseguiram ver o governador mineiro.

O prazo dado pelo Governo de Minas para que os professores designados em greve retornem ao trabalho termina nesta sexta-feira (23). Caso não voltem às salas de aula até às 17 horas, o Estado garantiu que irá abrir processo administrativo, na próxima segunda-feira (26). Neste caso, cada profissional terá direito de defesa, mas corre o risco de ter seu contrato cancelado.

Após o movimento, o grupo voltou para a porta da Assembleia Legislativa, onde os professores estão acampados desde o início desta semana. Dois integrantes do grupo fazem greve de fome há mais de 72 horas.

A diretora estadual do Sind-UTE reclama da postura do Ministério Público. "Ao invés de resolver o problema, o órgão mostra partidarismo e oferece uma medalha ao governador", disse.

Pais e alunos também protestam

Também pela manhã outra manifestação aconteceu na porta da Escola Estadual Tito Fulgêncio, na Rua Jacuí, no Bairro Renascença, Região Nordeste de Belo Horizonte.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 60 pessoas, composta por alunos, pais e moradores, fecharam o quarteirão da escola para protestar contra a paralisação dos professores. A manifestação foi pacífica.

Fonte: Pollyanna Dias e Taís Ferreira - Do Portal HD - 23/09/2011 - 13:10 

Um comentário:

  1. É isso companheirada. Se não tem piso também não tem escola até o Anastasia descer do pedestal e cumprir a lei federal 11.738/2008.

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